quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Química - Onde o mal nasce?


A guerra deve ter um motivo, ainda que nunca cheguemos a compreender ou que jamais concorde com ele. Há quem diga que a guerra é necessária, que é um mecanismo de controle populacional e que muitas pesquisas desenvolvidas em tempos de guerra proporcionam conforto e progresso à humanidade em tempos de paz. Com certeza, estas pessoas que concordam com isso, não se referem a conforto e progresso espiritual. Há quem diga cada coisa...O que não disseram até hoje, no entanto, foi a razão pela qual se investe tanto tempo e dinheiro na procura de meios cruéis de eliminar seres humanos e não em educação,  saúde e criação de empregos com salários justos para vivermos com qualidade. Os países "desenvolvidos" usam seu "desenvolvimento" na fabricação de mísseis inteligentes, bombas de fissão e fusão, nas bombas de neutrons que eliminam "apenas as vidas" e na produção de armas químicas. A ideia de usar uma substância como arma é antiga, mas, foi posta em prática na primeira guerra mundial, em 1915, com a colaboração do cientista alemão Fritz Haber. A primeira substância a ser utilizada foi o gás cloro (Cl ). Espalharam gás cloro num front perto da cidade belga de Ypres, 5 mil soldados morreram e 10 mil ficaram feridos. O gás cloro é sufocante. Ao ser inalado provoca irritação, ressecamento e ardor nas vias respiratórias. Os alemães prosseguiram o ataque utilizando o gás mostarda, obtido a partir do eteno com sulfeto de dicloro, obtendo como produto a iperita  ("homenagem" à cidade de Ypres), com cheiro de mostarda, ataca o revestimento das vias respiratórias provocando feridas e inchaço, além de causar bolhas, queimaduras na pele e cegueira temporária. O gás mostarda só mata se for inalado em grandes quantidades, mas, o mau estar causado pode estender por muitos dias o sofrimento. Quando exposto a esse gás, o individuo deve ser colocado em ambiente bastante ventilado e em hipótese alguma deve usar água para lavar ou beber, correndo o risco de agravar os danos por reação com a água. Em continuidade aos conflitos da primeira guerra, os franceses responderam com Cianeto de Hidrogênio, conhecido como ácido prússico -  Gás HCN(g). Quando inalado, suas moléculas se unem à hemoglobina do sangue, impedindo-a de se combinar com o oxigênio para transportá-lo às células; resultando: morte por asfixia pelo sangue. As armas químicas na primeira guerra mundial mataram 100 mil pessoas, em campo de batalha e 1,3 milhões de feridos e não esta se contabilizando os danos em campos de concentração. Em 1925, a Liga das Nações, precursora da ONU, proibiu a utilização de armas químicas, assinando o Protocolo de Genebra, mas o documento não proibia, o estudo para o desenvolvimento, fabricação e estocagem. Foi ai que inocentes fabricas de inseticidas começaram a fazer pesquisas. O químico Gerhard Schrader trabalhando para uma destas fabricas, a IG Farben, produziu em 1936 uma nova geração de armas químicas, os gases neurotóxicos - denominados "agentes dos nervos". Destacam-se: Tabun - ácido dimetil-fosforo-amido-cianídrico, Sarin: sal isopropoxi-metilfosforo-fluoreto, Soman: ácido metil-fosforo-fluorídrico-éster-1,2,2-trimetilpropílico. Estes gases inibem uma enzima chamada de acetilcolinesterase, que controla os movimentos musculares, bloqueando os impulsos nervosos. Ao serem inalados ou absorvidos pela pele, fazem com que o corpo cesse imediatamente de produzir essa enzima. Todos os músculos se contraem  sem parar e acabam estrangulando os pulmões e o coração. Veja o vídeoclip, demonstrando o uso recente de armas químicas. Uma demonstração de intolerância aos movimentos populares na Síria. Uma situação de uso de armas químicas é para a dispersão de pessoal em turbas ou seja, tumultos, outra  e o emprego como arma de destruição em massa. Analise a situação do relato feito pelo comentarista!

Fonte: Química Integral - Martha Reis, Volume Único, Editora FTD, 1993, SP,  p.p.207-208

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